Monday, September 27, 2010

Algumas realidades...

A falta de promoção e a ausência de visão da empresa são os dois principais motivos apontados pelos portugueses para se despedirem dos seus actuais postos de trabalho, segundo um estudo realizado pela Regus. A fraca comunicação por parte da administração (41%), a existência de colegas mal-educados (28,3%) e o excesso de trabalho (23,3%) também são fortes razões para levarem uma grande parte a abandonar o emprego, seguido da falta de confiança nas competências dos colegas (21,7%) e das más instalações do local de trabalho (13,3%).
Não nos podemos esquecer que o stress provocado pelo excesso de trabalho se tem agravado durante a última recessão, em 2008, dado que as pessoas agora trabalham mais arduamente e durante mais tempo, por questões de ordenado reduzido e diminuição de gastos das próprias empresas que consistem essencialmente no corte de pessoal. 
Para além disso, os bónus e as regalias dos actuais postos de trabalho foram reduzidos para que as empresas consigam enfrentar as dificuldades económicas com maior margem de manobra, e os trabalhadores tentam assim ir para empresas que lhes prometam melhores condições e não necessariamente os salários mais elevados.
Achei interessante este estudo, revela muito do panorama económico e social do nosso País, a que velocidade ele se move e as infra estruturas que se estão a criar entre as entidades empregadoras e a nossa população activa... Que tal apresentarem algumas mudanças? O plano de restruturação económica parece fácil, não?

Monday, September 20, 2010

Comptine d'un autre été: l'après midi, de Yann Tiersen



Temos direito a pelo menos dois minutos e vinte segundos destes por dia para parar tudo o que estamos a fazer e respirar um pouco de calma...

Sunday, September 19, 2010

Alfazema ou Lavanda, para os entendidos...


Colher alfazema às duas da manhã e acordar com o mesmo perfume ainda nas mãos oferece-me sempre um óptimo despertar...

Friday, September 17, 2010

Perigosos Ímpetos

Eu penso cá para mim, há de surgir algo, algo particularmente belo, atractivo e estimulante, algo esteticamente uniforme e harmonioso, algo que por si só escrito exercite a mente e arranque um pouco de sensação a qualquer epiderme escrava da retina que lê este post. Porque a vontade está aqui, sentada ao meu lado a pressionar-me a escrever algo devidamente digno de ser lido e hoje não me sinto com vontade de contrariar a vontade. Hoje apetece-me ser obediente. Obediente e submissa. Apetece-me ser perfeccionista e cuidadosa. Apetece-me ser determinada e acabar com o que me propus. Já que não o sou nos dias básicos do meu calendário. Isto é demasiado perigoso, vou deixar-me fluir ao rumo das teclas deste teclado, vou ver-me escorrer lentamente através destas letras, cimentar-me nos contornos das palavras que surgem à velocidade-luz no ecrã.  
Isto é Perigoso, demasiado perigoso...
Entrei no campo do pensamento múltiplo, pois cada situação normalmente oferece um leque de ideias, agora é tudo muito sensato da minha parte quando o ponho por escrito, mas o chamado centro arriscado do momento não oferece reflexões sob pressão, exige apenas o instinto. Instinto esse que não pode achar nada estranho e que tem de tomar as rédeas da acção como que um pulsar fluente de sangue pelas veias numa mistura de adrenalina e inconsciência, só a acção interessa e o tempo não pára para eu poder pensar, nessa altura não obedeço a teorias nem a ciências, obedeço sim ás leis do impulso...Ai, o impulso…Aquele a quem eu me habituei a obedecer realmente! Não vale a pena racionalizar tudo aquilo que se sente, basta senti-lo e deixar a noção ilusória de felicidade implantada e auto-realização comprimirem-nos nesse mundo tão mutável na forma de embrião por crescer…como uma promessa desenhada na improbabilidade desta inconstância se transformar em algo estável e infinitamente apaixonante. É mais fácil saborear o trago do inesperado e conservá-lo como memória do que passar uma vida a tentar manipular sabores de forma a conseguir a receita ideal daquilo que efectivamente se quer!
Claro que agora o tempo do último instinto já passou e poderia reflectir devidamente sobre os milhões de pensamentos gerados, embora não filtrados, que dele surgiram mas sinceramente não me apetece tirar-lhe a magia! Poderia realmente analisar o instinto, o lado animal que nem sempre controlamos ou ousamos esconder, mas muito honestamente meia dúzia de frases e eu percebi que realmente este não pode ser dissecado nem estudado... Eu não posso criticar o meu instinto quando esse é verdadeiramente o meu maior definidor de carácter, aquilo que sou e faço quando tudo o que posso ser ou fazer está preso a eu agir de imediato. Recrimino-me se opto por não o fazer, ainda para mais quando sou obrigada a seguir determinados padrões que me são exigidos por outrem para não atribular com a moral de ninguém. Por isso perguntar seria estúpido e demasiado pertinente, por isso aguardar e acreditar na possibilidade do improvável voltar a acontecer seria também uma autêntica perda de tempo e de forças…ingredientes de que preciso para saborear a receita ideal daquilo que se quer e se procura, nos lugares que por vezes se repetem e nas pessoas que aparentemente nunca deixaram de nos pertencer mesmo que apenas no nosso próprio mundo.
Hum…Gosto…E espero continuar a gostar destes assaltos-surpresa do inesperado à minha suposta estabilidade e monotonia calculada a que é a prisão da sensação em que hostilmente nunca me forço a encarcerar.
È verdadeiramente mais simples não se acreditar no chamado Destino… Nós podemos e devemos comandar o rumo da nossa vida!  

A implosão ficou contida e não surgiu qualquer dano, contudo, surgiu uma explosão de expressão em palavras sensatas e medidas. Ela disse-me... para sorrir...Sorrio portanto. E enquanto não me surge uma ideia sobre a qual escrever, escrevo sobre as pessoas... Aquelas que felizmente nunca cessam em nos surpreender.