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“Desata as cortinas. Deixa um pouco de luz aparecer. Sinto-me tão sombrio...
Abre uma janela, por favor. Deixa entrar um pouco de ar. Sinto-me tão velho...
Levanta-me e leva-me ao peitoril. Deixa espreitar um pouco de cor. Sinto-me tão cinzento...
Fecha a porta. Fica aqui comigo e faz-me da tua a minha companhia. Sinto-me tão vazio...
Não queres entrar e ficar para sempre?”
O para sempre é sempre tempo demais... E é sempre no entretanto do para sempre que o mesmo de sempre misturado com o de nunca se entretém a desfazer e a dilacerar o que de sempre poderia ter de único se o mesmo de sempre nunca teimasse em aparecer.