Um barulho de fundo. Como um tilintar de gotas a cair numa bacia de plástico. Uma percussão, um compasso constante, como uma Pulsação. A velocidade dela. A velocidade dela a aumentar. A velocidade veloz que não se deixa ficar, a fugir de si mesma e a ricochetear nas vértebras de todos os timbres que eu própria tento ditar em forma de lei de exterminação. A escuridão. O negrume que engole a superfície, a completa base, o chão que os meus pés usam para suportar todo o meu corpo. A cegueira e a alegre histeria. Foi a dança. Foi a dança que dançamos no escuro. Foi a Babilónia dos nossos batimentos internos, a manhã das nossas máquinas cardíacas, a fantástica mistura de hormonas e sensações em fragmentos de segundo! Foi o maior truque do cérebro: a paixão.
Friday, June 27, 2008
COMBUSTÂO
Thursday, June 26, 2008
I guess I’ll see you in hell.
Acho que estou em apuros… Não sou perfeita. A perfeição é tão monótona que me cansa só imaginar como será. A minha voz, essa não é límpida e suave como a de um ser celeste e tão pouco o meu rosto é um rosto angélico que me cubra de falsa inocência! A verdade é que nunca aparentei ser o que não sou e orgulho-me disso. A questão não é mudar quem sou. Não quero ser outra de mim ou outra de alguém. E o meu jeito é um outro jeito de amar, não me podem censurar por ser simplesmente incomum.
O problema começa quando:
Deixamos de precisar de motivos.
Os porquês, os para quês.
Deixamos de precisar de rotas.
Os de onde e os para onde.
Deixamos de precisar de possuidores.
Os de quem e os para quem.
O problema começa quando o que regra é unicamente o nosso capricho, a vontade. As pessoas passam a ser uma coisa que se quer. Aprendi isto contigo.
E portanto, tu, tu serves-me de amante nas horas mortas.
Eu queria conseguir parar aqui.
Queria tanto parar agora e conseguir ser como tu.
Eu quero mesmo parar aqui.
Carrega no stop e espera.
Vamos ver o que acontece.